sábado, 21 de novembro de 2009

Esta ideia já existia de certa forma

Existe várias fontes de inspiração, sendo umas mais determinantes do que outras. Não é típico de um cientista basear-se em religião para explicar as coisas, portanto tiveram de aparecer várias perspectivas. No entanto muito do conhecimento teve várias fases começando no mundo mítico, depois um mundo filosófico de transição, depois um mundo filosófico e mais tarde finalmente a ciência.
Certas pessoas falam de criador ou criadores do universo. Por mim não adianta debater esses assuntos tal como no livro "Deus e a nova física" de Paul Davies (li e foi aborrecido), o que tornaria o tema demasiado complexo. É certo que existem novos declínios mentais num mundo ofuscamente religioso. Este livro não é nem ateu, nem agnóstico e nem religioso. Não é isso que está em causa. O que está em causa é uma ideia.
Algo que não deixei de lutar é um tema interessante para um livro. Um livro de reflexões à minha pessoa.
Posso é gabar que capa deste livro é espectacular e que nada melhor que a figura do famoso velho de barbas ao computador( é só para dar estilo ao assunto que trata) e a criação de um tema que seja interessante e poderosíssimo. Poderosíssimo por causa que nada vai além de um universo que obedece a todos e quaisquer comandos. O interessante já viram e vão ver mais.
Que a força esteja contigo, pois vais achar um novo horizonte a explorar e que não ficará por aqui. Algo é certo: haverá sempre uma fantasia ou muitas; mas nada deixa o homem sonhar e alcançar algo que seja excelente, mesmo que não consiga mais.
Um dos focos da inspiração vem do génesis que por momentos pensei que tudo aquilo eram ordens. Imagine uma linguagem de programação cria água e assim se fez; cria terra e assim se fez, e “venha a haver luz” e assim se fez… Pode correr um script de arranque do sistema operativo da realidade que vai executando aplicações de arranque tal como o kernel load para que tudo esteja pronto para o surgimento do homem. O 'assim se fez' pode ser visto como o '[ok]' em cada mensagem do arranque.
O que está na génesis pode ter sido escrito inocentemente, mas não se sabe…
Outro foco da inspiração e o mais determinante foi uma edição da revista American Scientific que dizia: "Será o universo um holograma?". Nela era dita a possibilidade de tudo ser um universo a 2D, só que o nosso cérebro fazia a 3D. Loucuras filosóficas certamente.
Devemos lembrar-nos que a matemática ou lógica permitem prever o futuro. Também devemos lembrar que muitos resultados matemáticos são uma aproximação e como tal deve existir um sistema que nunca falhe seja qual for o comportamento do meio ambiente. Em que medida vêm estas falhas? Será que podemos evitá-las?
Afinal não somos nem mais nem menos que as outras pessoas. A ira ai vem. Principalmente a natureza.
A grande matéria deste livro já existia de uma forma vaga no senso comum, religião ou ciência.
Uma vez um ex-professor de moral meu disse:
-Olhem só como isto está bem definido e programado… – claro que disse naturalmente e de forma inocente, uma vez que não adivinha qual é a abundância de conhecimento para que tudo isto exista ou funcione. E não é só ele que pode admitir isso, as outras pessoas também. Sabe-se lá de quantas coisas seremos capazes de dizer e que podem ser de uma importância extrema ou não? É claro que muitas das afirmações do senso comum (um conhecimento vulgar) não têm importância e podem não ter qualquer veracidade; mas o senso comum é o passo essencial para a preparação para outros tipos de conhecimento como a filosofia e a ciência. Não é de estranhar que as ideais dos filósofos são influenciadas pela sua vivência; mas são escritas de forma consciencializada, profunda, pormenorizada e de uma forma atenciosa ás captações do real. Eles lá sabem.
Mas o lado cientifico disto tudo e que me chamou mais à atenção foi uma versão da revista “American Scientific”.
Essa versão (como já referi) questionava-se na capa se o universo é um holograma. Até mostrou várias teorias acerca das dimensões do universo, entropia e um esquema de um buraco negro com zeros e uns desenhados.
Ora a informação dos computadores é zeros e uns (programas, ficheiros, etc). Se não só os buracos negros, mas também o universo é zeros e uns; então será mesmo o universo executável ou um sistema operativo? Wheeler propôs uma vez que o universo era composto por partículas mínimas chamadas bits e na mesma versão da revista “American Scientific” o universo era considerado informação; mas a física ainda não tem bases lógicas e só tem poucas centenas de anos. Temos de ter esperança em acreditar que um dia teremos conhecimento suficiente para determinar aquilo que nos faz falta ou nos entretenham e melhoram o mundo que nos rodeia. Até quando um assunto deixará de ser ciência de ponta que nada se sabe até perceber-se perfeitamente? Podemos ter por exemplo aquilo que pode ou não o acelerador de partículas CERN dizer-nos. Não esquecer que a tenra idade da ciência já fez muitas maravilhas e desgraças.
Há sempre formas de encarar tudo e o esquema da informação associada ao universo é uma boa forma de representação do real se explicar mais do que qualquer outro esquema. Na realidade não existem referencias cartesianos na natureza. Eles apenas servem para descrever coisas do real. Já alguma vez tocou num? Podemos considerar infinitos e nenhum tem forma física.

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