sábado, 21 de novembro de 2009

Linguagem versus universo

Todos os homens desde os tempos mais antigos têm usado a linguagem para diversos aspectos. Um deles é a descrição de factos que lhes aparecem.
Esses factos têm sido descritos de formas diferentes e cada vez mais complexas (senso comum; filosofia; e ciências como a matemática, a física e a astronomia…).
O homem através da linguagem (seja demonstrativa como a matemática ou de outra forma) vai explicando cada vez mais o universo.
O universo que o Homem procura conhecer é nada mais nada menos que matéria e anti matéria; que estão estruturadas em partículas de átomos, iões e moléculas.
No entanto se quiséssemos estudar-lhes como algoritmos, os casos já seria mais consistentes (não dispensando a matemática).
O estudo do universo algorítmico não ficaria só por este livro e iria dar uma nova fonte de inspiração para muitos intelectuais e para a ficção.
Uma linguagem que é uma lógica poderosa, e que ainda poderá ser mais com o auxílio das máquinas é o tema de “A linguagem 'Assembly' do universo” (se é verdade só o tempo dirá). Agora isto mais parece-se assemelhar a uma saga de Harry Potter, em que eles aplicam comandos e concentração para a execução daquilo que querem. Digo já que actualmente só existem "pequenos Harry Potter" e não gigantes "Harry Potter" que mais parecem ter vindo de um mundo de fantasia. No futuro bem pode haver muitos autênticos "Harry Potter", mas a personagem irá ser destruída.
Mas antes de se fazer uma linguagem computadorizada temos que saber alguns elementos descritivos (quer os objectivos, quer os conceitos de programação), e saber-los aplicar para que o computador siga as ordens correctas.
Assim vai-se tentar criar uma linguagem (descritiva e imperativa), que servirão para a construção lógica final.
Uma linguagem imperativa e descritiva?
Descritiva porque o que se pode dizer acerca do universo é uma descrição.
Imperativa porque em vez de dizer “O átomo segue velozmente.”, Pode-se dizer “Átomo! Segue velozmente.”. Não esquecer que aquilo em que podemos mandar é mais limitado, do que aquilo que podemos descrever. Mas mandar exige uma boa capacidade de descrição, porque tudo que se quer tem de estar claro e bem definido. Não é mandar à toa.
A primeira física lógica pode não passar de comandos, varáveis e constantes; que na realidade são interpretações de partículas e cujo resultado é um mundo físico a interagir entre si.
Mas é claro que não se pode logificar uma pedra só observando a pedra. A física por si é ilógica. Também tem lógica porque a física poderia não ser necessariamente assim se o universo fosse criado de maneira diferente (claro que poderia não haver vida inteligente se assim fosse) e as leis da lógica são inalteráveis (mesmo que tudo fosse diferente a lógica não mudaria).
Agora viu-se aquilo que pode ser mecânica lógica. Na lógica usa-se em aspectos alteráveis, tais como premissas. A mecânica da lógica é que é inalterável. Esses aspectos alteráveis ora são verdade ora são mentira, mas acabam por ter a sua utilidade.
Mas entre o mundo virtual e o mundo físico existe um grande salto e eu só li uns livros de física avançada para o publico em geral. Como tal e como nunca fui devidamente avaliado nesse aspecto sinto-me limitado e devo falar ligeiramente e com cautela.
Os acontecimentos probatórios não se podem logificar nem tornar-lhes matemáticos.
Um truque de lógica é o feito causa vice acontecimento. Por outras palavras as premissas são as causas do acontecimento que influenciam o acontecimento. Segundo Aristóteles (pai da lógica) tudo tem uma causa. A ideia que fiquei com um livro que li foi que nem tudo em física segue isto, como por exemplo a quântica. Aristóteles usou o senso-comum para explicar a física aceite por muitos anos por muitas pessoas, mas que era um desastre.
Mas o que é certo é que a estrutura de um átomo influencia as suas características e sabe-se muitas características de muitos átomos. Desse modo pode-se descrever as características do átomo em função dos seus constituintes. Por outro lado pode-se descrever as características do átomo como influenciados pelos procedimentos efectuados pelos seus constituintes. No fundo o que é jogado aqui é que uma das coisas que a física ensina é que tudo pode seguir leis, sejam elas mais ou menos aleatórias conforme os dados conhecidos do problema.
É possível logificar a pedra sabendo os seus constituintes, desde que não venham com certas histórias do sub-mundo do átomo ou queiram coisas despresáveis. Temos também de perceber que o universo é quântico como dizia o livro "código secreto". Mesmo ao nível da física clássica pode haver a necessidade de saber como algo está configurado para saber o seu comportamento como é o caso do momento de inércia que relaciona-se com o somatório do produto de infinitas massas com infinitas distancias ao centro de massa e que é calculado com integral. Para quem não sabe para que serve o momento de inércia, ele serve para estudar rotações de corpos e relaciona-se com outras grandezas como momento angular e momento da força muito falados nos automóveis.
Podia falar da lei do movimento zero; só que por mais útil que pareça, não consegui por a funcionar como cria e então não posso contar com ela como queria.
O movimento é influenciado por um agente exterior?
Pode-se incluir o agente exterior num sistema e assim determinar o comportamento do sisema (algoritmos de teste)?
Mas o que faço aos constituintes da pedra e do agente exterior? É trabalho de laboratório!
O facto da Terra e a pedra estarem a cair não saberíamos o que provoca a força gravítica, apenas teríamos a descrição. A isso chama-se conhecimento obtido empiricamente que é sempre limitado pelo que se consegue observar. Toda a nossa experiência tem de ser adaptada ao meio e o meio obedece àquilo que conseguimos manipular.
Uma coisa é certa: se não se pode logificar a física quântica da natureza por completo isso não impede que não se possa logificar estruturas feitas pelo homem. Aliás, temos o exemplo do computador.
Podem haver muitas formas de construir comandos com base numa base sólida. Tem de ser sólida, porque um coisa é construir sobre a rocha e outra sobre o areal.
Um comando de interacção entre partículas é escrito num editor de texto pelo programador e depois é passado a interacções de energia e partículas para se comportarem de determinada forma.
Os comandos de interacção entre partículas devem ser restritos.
No fundo uma linguagem de programação destas têm muita física por detrás.
Vamos então às definições dos conceitos fulcrais: programa físico, programa virtual e código híbrido.
O programa físico é regido pelas leis da física e corre no espaço-tempo. Não existe uma máquina capaz de transpor fisicamente o tudo. Só para terem uma ideia se num lugar existe o vazio, então já existe alguma coisa pelo que não existe aí o nada.
O programa virtual é regido pelas leis dos chip-sets ou cpus e corre sobre hardware.
O código híbrido é a mistura de programa físico com programa virtual, mas muito cuidado ao misturar.
Existem várias questões a abordar (diferenças, possibilidades, capacidades, dificuldades, acesso,...). Nem jamais este livro as consegue abordar a todas, mas consegue dar uma ideia bastante geral.

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